quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ser fã...


Texto enviado pela fã
JULINY GUIMARAES SA BARRETO

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De uns anos pra cá, comecei a ter uma certa aversão a esse termo, passei a não me sentir confortável em ser considerada como FÃ, até porque pra muitas pessoas isso nos deixa vulnerável à uma série de apontamentos desagradáveis, do tipo: "Ahhh aquele ali é fã!"... Como se fã fosse algo que te diminuísse quanto pessoa ou ser pensante.

As pessoas sempre associam fã àquela pessoa histérica, obcecada e sem vida própria, não que não exista esse tipo de fã, infelizmente existe e muitos, mas isso não é uma unanimidade, não são todos que possuem essas características.

Pra mim, IDOLO - aquele ser que merece toda a nossa reverência, amor incondicional e cultual - só existe um e se chama DEUS. Mas isso não me impede de ter entre os humanos, mesmo com suas falhas e imperfeições, pessoas as quais eu admiro, seja pelo trabalho que exercem ou por seu caráter.

Na minha infância e adolescência fui por um longo tempo fã de dois jovens artistas (Sandy e Junior), que acabaram marcando a minha geração e essa experiência me fez crescer muito como pessoa. Pude ao longo do tempo passar a enxergar coisas que, devido ao amor que eu atribuía a eles, acabava passando despercebido. E inúmeros questionamentos passaram a fazer parte da minha vida. Eu me perguntava se realmente era preciso passar por tantas coisas por pessoas que muitas vezes mal me davam atenção. Se realmente era válido gastar muitas vezes o que eu não tinha com material publicitário e produtos dos mais diversos possíveis com a marca deles, apenas por uma questão de realização momentânea.

Hoje me sinto um pouco mais evoluída, claro que ainda me permito outros tantos questionamentos quando me vejo fazendo algo que talvez extrapole o que eu acredito que seja o limite.

Mas continuo sendo fã de muita gente, tenho amigos talentosíssimos aos quais me declaro fã e mesmo convivendo com eles sinto exatamente as emoções que tenho com relação aqueles aos quais sou fã e não sou amiga.

E quando chegamos a tais essa relação de FÃ –AMIGO se torna algo conflituoso, por que existe uma linha muito imperceptível separando os sentimentos de amizade e "fanatismo" (saudável).

Usando um exemplo prático, citaria Claudia Leitte. Não somos amigas, mas cultivo por ela os mesmos sentimentos que tenho pelos que trato como amigos.

Torço por seu trabalho, por seu sucesso, mas sobretudo por sua felicidade. Sempre que posso quero estar com ela, ir aos seus shows, isso não significa tietar e sim matar saudades de alguém querido que não vejo com freqüência.

Ser fã ou tentar explicar o que é ser fã realmente é algo complicado, porque por mais que essa palavrinha de tão poucas letras possa ter seu significado gramatical ela pode ter diversos sentidos, por que muito mais do que simplesmente ser fã, somos todos corações pulsantes que emanam sentimentos verdadeiros, independente das diferentes formas que achamos conveniente.

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